sábado, março 24, 2007

TV Ponta Negra: 20Anos no ar

A primeira emissora de Tv comercial do RN entrou no ar em 15 de março de 1987. Das dificuldades do princípio à consolidação, a TV Ponta Negra abriu o mercado com espírito pioneiro, marcada pelo jeito popular de fazer televisão, característica lhe impultada por seu fundador, o ex-senador Carlos Alberto de Souza. Do planejamento à primeira transmissão foram apenas seis meses para o sonho se tornar realidade. E em meio a tantas dificuldades, como a falta de profissionais preparados, o empenho do seu idealizador, Carlos Alberto e de sua equipe de somente vinte funcionários se sobressaiu. "Tínhamos que matar um leão a cada dia, implantar coisas novas que nem nós mesmos conhecíamos", lembra Bosco Afonso, primeiro gerente de jornalismo e atual diretor-executivo da emissora. Na época, Carlos Alberto recebeu convite para ser afiliada da Globo, mas preferiu aderir ao SBT, que então era a quarta maior emissora, por se identificar mais comjeito de Sílvio Santos fazer televisão. A possibilidade de fazer uma TV mais popular falou mais alto. "A nossa maior conquista é essa empatia com a sociedade, através dos doze programas locais", orgulha-se Rosy de Souza, diretora da TV. Essa aproximação com os telespectadores vem desde o início, quando os principais programas da emissora eram de auditório. "Os estúdios eram no morro do Tirol, onde hoje estão as antenas. Mas mesmo assim, as pessoas faziam uma peregrinação para participar dos programas com Carlos Alberto e os outros apresentadores da época, todos muito carismáticos", lembra Bosco. O apoio ao artista e à cultura popular também é marcante na história da Ponta Negra, que oportunizou a divulgação do trabalho dos artistas da terra desde os antigos programas de auditório apresentado pelo próprio Carlos Alberto até os programas atuais, como o Mais, comandado pela filha mais nova do fundador da emissora, Priscila de Souza, que traz sempre uma banda ou cantor jovem para animar seu auditório. "Esse apoio tem sido incondicional. Procuramos sempre integrar a cultura ao gosto popular", esclarece Bosco. Um momento delicado na história da TV, que colocou à prova a capacidade de superação da família e da empresa por traz da emissora, foi com o falecimento de Carlos Alberto. "Perdemos mais que o idealizador, o político, o paizão, perdemos também nosso campeão de audiência e tivemos que enfrentar tudo isso com a falta de um líder", salienta Bosco Afonso.
  • Fonte: Correio da Tarde

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